segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Gente, estou aqui de volta pra pedir desculpas (à mim mesma já que sou a que mais visita isso aqui :p) por ter ficado tanto tempo sem postar nada.
Eu tinha feito um trato comigo mesma que não ia negligenciar isso aqui, pois, além de me aprimorar como pseudo-escritora, é uma terapia. Mãs, essas últimas semanas foram uma bomba pra mim, não estive bem por diversos assuntos e isso ajudou com que minha cabeça agravasse com pensamentos que antes me eram confortantes mas que agora só me rebaixam ainda mais.
Estive sim escrevendo algumas coisas... Mas coisas que não me são propícias pra postar em algo público. Tenho medo de me expor de maneira que afligisse a condição que me propus a manter em uma certa relação. Mas minha mente está explodindo, ainda mais agora que ando ouvindo umas músicas que dizem pra nunca segurar o que precisa dizer, vai que hoje é o último dia?
Com isso, eu estou tomando coragem de dizer o que tenho no meu coração. Não posso temer algo que me cause dor, se já dói agora... Afinal, já não sei mesmo o quão firme isso está.
Minhas feridas atuais são as mesmas que foram abertas algumas vezes no passado, e que ardem por eu não ter aprendido e sempre sentir que é diferente, mergulhando de cabeça por mais que tentasse impedir. Ardem por ter me permitido gastar tanto tempo tentando me enganar. Eu achava que era algo que fazia bem aos meus sentimentos, sempre com ínfimas esperanças, e acabei fugindo de um dos meus maiores lemas: Melhor sofrer com uma verdade do que se iludir com uma mentira... mesmo se for a mais bela das mentiras. E agora fico aqui, com o coração cada vez mais apertado, cada vez mais rachado que nem minhas lágrimas são capazes de regá-lo. Como sempre, entreguei um coração digno de se partir, por eu sempre me dedicar demais e voltar à velha história de aparentar sentir mais.
É difícil aceitar uma realidade quando não se tem mais paciência para esperar o que "está por vir"; mas um sonho só o é quando se acredita que pode concretizá-lo... Mas eu não acredito mais, infelizmente não. Me confundo até mesmo com o que sinto agora, é preciso encontrar o olhar.
Li certo dia em um livro esse enceto: "O desejo, um competidor implacável, logo expulsou todos os demais pensamentos. Mas o desejo não pensa: ele anseia, ele rememora. Restou apenas uma ansiedade torturante de que algo se estraviara." O que me fez querer pensar no que seria se ele não tivesse tomado o controle, como seria a outra vista?
Vem para perto de mim, sua timidez emergindo em minha pele. Sua risada musicalizada no vapor que embaça o vidro; minhas mãos passeando pelas suas...
Você vem? Nossas palavras como boomerang pela tarde, fonte para uma imaginação rompante de imagens interrompidas. Serão desastrosas? Inclino-me para modificar a vista. Sem a exuberância do desejo mas com o alívio de um colo. Assim que deve ser? Apenas encaixe-me em seus braços, apoie minha cabeça em seu ombro; fiquemos assim. Está bom pra mim.
Então, venha! Esqueço o beijo, o suspiro. Clamo o abraço, o sorriso. Expire meus pensamentos com a inexplicável calma que me propaga ao seu encontro. Será muito bom pra mim.

E o retorno?

2 comentários:

  1. Querida,desde o momento que nascemos ,já estamos expostos. Você está cada dia mais madura,mais profunda e .....bela. Adoro seus textos!!Sua sensibilidade está a flor da pele.
    Minha filha,o externo se torna cada vez mais lindo devido ao interno. O ou achavaPresente está acontecendo,não da forma que merecias e o fato é que logo saberebos

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